

Priscila Lopes
Talvez, muito provavelmente, escritora.
"Então eu era um grito. Uma imaginação.
Compraram-me como um intangível.
Eu estava no aplauso, estalando.
Eu estava no silêncio de taças inquebráveis.
Como um porcelanato eu me atirei
contra meus princípios – num precipício
estou caindo há 20 anos."
Para espantar o receio. Para espantar o frio. Para espantar o recalque. Para espantar a inveja. Para espantar a pereba. Para espantar o pileque. Para espantar o pití. Para espantar o estresse. Para espantar o baixo astral. Para espantar a preguiça. Para espantar pernilongos (...) Para espantar os monstros (do armário, debaixo da cama e do chuveiro com cortininha). Para espantar a fome. Para espantar todas as mazelas; a solidão. Para espantar o espanto. Pra bem longe.

Abjuração com bom humor, ironia e laconismo que referenciam Clarice Lispector, Ana Cristina Cesar e Ângela Melim.
Jayro Schmidt
Dona de uma poesia singular, forte.
André di Bernardi
Não sou teórico da literatura, mas acontece que seus textos primam por um cotidiano de simulacro que é cocaína pura para cocainômanos. Não sou adito profissional, eu só tomo uma cervejinha de vez em quando, mas o efeito é o mesmo: boa literatura.
De um escritor que preferiu então se manter anônimo

![]() Festival Nacional do Conto, 2015Paulino Júnior, Katherine Funke, Priscila Lopes, Melanie Peter, Gregory Haertel e, o responsável por tudo isso, Carlos Henrique Schroeder. | ![]() | ![]() |
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